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A Terapia Ocupacional no Conceito Neuroevolutivo Bobath Pediátrico

Escrito por: Giovana Seloti

Olá pessoal.

Hoje, gostaria de falar um pouquinho com vocês sobre o Conceito Neuroevolutivo Bobath, vocês já ouviram falar sobre?

Criado por Karel e Berta Bobath, este conceito voltado para reabilitação visa à solução de problemas de avaliação e o tratamento de indivíduos com distúrbios de função, movimento, controle postural devido alguma lesão neurológica. Ou seja, é uma prática interdisciplinar (sendo realizada por profissionais da área de Terapia Ocupacional, Fisioterapia e Fonoaudiologia) que auxilia na resolução de problemas para avaliação e tratamento de pessoas com limitação nas habilidades de participação nas atividades diárias devido à deficiência de função motora, sensorial, perceptual e cognitiva.

A prática nos auxilia a modificar padrões posturais de tônus e movimentos anormais, facilitando padrões motores de movimentos mais elaborados, seletivos e funcionais, a fim de preparar a criança para uma serie de habilidades funcionais, tais como: vestir, comer, beber, brincar e andar. Também priorizamos a estimulação de padrões motores básicos como controle de cabeça e tronco, suporte de peso sobre os membros superiores e inferiores, rotações, reações de retificação, equilíbrio e proteção.

Aí vocês me perguntam, mas onde a Terapia Ocupacional está relacionada dentro desse Conceito?

Toda eficiência de qualquer tratamento de terapia ocupacional irá depender da integração de toda equipe terapêutica, da colaboração da família e do nível das habilidades cognitivas e perceptivas da criança. A oportunidade e a possibilidade em usar as novas habilidades adquiridas dentro de seu contexto, casa e escola apresentam um impacto direto na evolução da criança.

Antes de qualquer coisa, temos que ter uma base muito boa sobre o desenvolvimento típico de uma criança para entender o que é atípico, a partir disso a nossa função é ter um olhar para a criança como um todo, considerando todos seus aspectos motores, sensoriais, afetivos, perceptivos, cognitivos e sociais, priorizando SEMPRE a realização de uma tarefa funcional como objetivo terapêutico em diferentes tarefas do dia a dia, como vestir, brincar, escrever pegar, soltar e etc.

O processo de avaliação consiste em entender quais são os componentes que estão prejudicando a realização de alguma função ou tarefa. Dessa forma, analisamos a criança durante a sua participação para que possamos identificar quais são as capacidades funcionais que a criança tem e quais são as atividades limitadas que a impedem de realizar a tarefa. Trabalhando dessa forma nos ajuda a obter um olhar amplo para toda e qualquer atividade ativa e participativa da criança.

O tratamento inclui técnicas especificas de manuseio, guiando respostas motoras a fim de facilitar a criança a mover-se de forma mais adequada, melhorando qualidade de tônus postural, favorecendo uma vivência sensório-motora mais adequada.

Giovana Seloti

Terapeuta Ocupacional com formação no Conceito Neuroevolutivo Bobath, Certificação Internacional em Integração Sensorial, Avaliação da visão funcional na deficiência visual cortical, Pós graduada em Neurologia pelo Hosp. Israelita Albert Einstein

Acompanhem a minha página para conhecer um pouco mais do meu trabalho e da Terapia Ocupacional.

@giovana_t.o

Referências

Cayo C, Diamond M, Bovre T, et al. The NDT – Bobath (Neuro-Developmental Treatment – Bobath) Approach. Ndta Network 2015, 22(2):1

Torre CA. Avaliação Clinica da Paralisia Cerebral. In: XVI Congresso Brasileiro de Neurologia e Psiquiatria Infantil, 2001. Jornal Oficial da Academia Brasileira de Neurologia. V 59. P96-98.

Imagens extraídas de: https://vitalidadeintegrada.wordpress.com/2016/11/23/conceito-neuroevolutivo-bobath-o-que-e/

https://www.inspirar.com.br/cursos/extensao/introducao-ao-conceito-neuro-evolutivo-bobath/

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